sexta-feira, 10 de outubro de 2008

PQ MORAR NUM BARCO?


Ambos estávamos muito decepcionados com a vida na cidade grande, qto a criminalidade e qualidade de vida. Não somente por isso, mas romper com a rotina do cotidiano que a sociedade moderna impõe a todos que nela se educam. Desde pequenos nos é ensinado que o certo é crescer, fazer faculdade, trabalhar de segunda a sexta, casar na igreja, um mês de férias, conta bancaria, filhos na escola etc... Viver desta forma não é loucura, é apenas ter optado por viver de uma forma diferente. Qualquer um pode ter esta opção sem violentar a sua moral e sem perder a sua segurança.
A sociedade nos coloca uma fobia a que nos parece que se sairmos do modelo básico e fora das suas fronteiras estaremos desprotegidos, o que na nossa opinião é só um paradigma a ser quebrado.
Quem está mais seguro? Nós ancorados numa ilha tropical
, onde a violência praticamente não existe ou outrem atravessando as ruas do centro de uma metrópole com todos os seus perigos inerentes? A solução para os que optaram por ficar nas grandes cidades acaba sendo somente se trancar nos condomínios, escritórios e carros blindados. Sem perceber, acabam perdendo esta tal segurança que estávamos falando anteriormente e consequentemente a liberdade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

FAMÍLIA?

Ainda não tivemos filhos, mas se um dia vier a tê-los, sem dúvida alguma queremos criá-los a bordo. A experiência que temos de ver muitos amigos cruzeirando com filhos, é que a relação é muito mais próxima. Os pais que tem filhos pequenos acabam permanecendo mais tempo nas escalas, dando oportunidade a das crianças aproveitarem o convívio escolar e contato com diversas culturas . Adolescentes fazem mais sentido estudo por correspondência de alta qualidade, como o da Cauvert School. Existem muitas oportunidades para o jovem crescer profissionalmente. Adolescentes de 17 anos assumem cargos de responsabilidade no mercado náutico super desenvolvido e em crescimento. Neste momento a indústria de ”charters” absorve 100% das ofertas de mão de obra. Há 20 anos atrás na época que a Família Schurmann viajou, a indústria náutica internacional não estava em pleno vapor. Hoje é quase uma consequência direta que os filhos venham a seguir carreira neste ramo. Pra se ter uma idéia o salário médio inicial de um Deck Hand(ajudante de convés) ou Stewardess(ajudante de cabine) fica entre U$ 2.500 e U$ 6.000 por mês. O de um Chef ou First Mate(primeiro imediato) pode chegar a U$ 8.000 por mês, dependendo do barco. Já um Skipper(capitão) de mega iate( barcos acima de 100 pés) fica em torno de U$ 10.000 por mês. Acreditamos muito que ter uma vida a bordo, falar pelo menos três línguas fluentes, entender de céu e mar, viajar o mundo todo, interagir com seu pai e sua mãe o tempo inteiro próximo de vc, ter golfinhos e tartarugas de estimação, é muito mais didático que viver enjaulado em qualquer metrópole.

COMO É O DIA A DIA A BORDO?


Difícil de contar, pq NÃO EXISTE ROTINA. Um dia é diferente do outro. Se estamos navegando, lemos, conversamos e pouco se faz além de dirigir o barco; qdo se está no meio do mar, fica muito mais difícil cozinhar, arrumar o barco e até ir ao banheiro. Se estamos ancorados, vai depender se estamos trabalhando ou curtindo uma nova ancoragem.
Para nós que trabalhamos em “charters”, passamos a semana na tarefa de entreter os convidados. É trabalho duro, das 6.30 hs ás 22 hs mas para nós é um prazer, nos parece mais como se estivéssemos recebendo amigos na própria casa. Qdo não estamos trabalhando, de 3 a 5 meses ao ano, nosso dia a dia é como o de qualquer um, acordar cedo, arrumar o barco, escrever no blog, cozinhar, consertar alguma coisa no barco, comprar alguma coisa no market em terra, abastecer o barco de água e diesel, fazer a “laundry”, qdo dá tempo fazemos alguma trilha, andamos de bicicleta que temos a bordo, encontramos amigos e infelizmente uma vez ao ano nos dedicamos exclusivamente a manutenção árdua que um veleiro exige.
Nossa percepção de aproveitamento do tempo é muito diferente de quem vive nas cidades.
Nos parece que enchemos o tempo com muito mais acontecimentos... Por exemplo: em um só ano pode se ter vivido na Venezuela, Antilhas, Açores e Espanha. Vivido mesmo, não somente fazendo turismo, imerso na sociedade como um todo, com nossa residência que é móvel. Tudo em um só ano!
Qdo vamos ao Brasil visitar a família uma vez ao ano durante um mês, o que vemos é que neste mesmo ano em que tanta coisa aconteceu conosco, uma mesma pessoa não tem nada pra contar além de alguns fim de semanas de feriado na praia com muito trânsito, 11 meses de trabalho estressante e muitas noitadas em bares e restaurantes.
O que aprendemos com este estilo de vida é que é impossível fazer planos a longo prazo, já que estamos sempre em movimento. Tudo muda a todo instante e rápido demais. Temos que ser flexíveis e acompanhar estas mudanças.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sábado, 2 de agosto de 2008

PASSEIO DE DINGHY


Saimos para um passeio de dinghy entre os corais qdo de repente encontramos esta figuraça...

Estas coisas valem a pena !!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

LAVA ROUPA TODO DIA, QUE AGONIA!






De vez em qdo temos que levantar âncora e abastecer( na foto em Marina Cay/Tortola) o BALEEIRO de água. Aproveitamos sempre p lavar as roupas do mês. Impressionante como a vida continua dura por aqui! Ai Ai!!!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

TAREFAS DOMÉSTICAS







Para quem acha que vida de cruzeirista é fácil, se enganou!
Hoje por exemplo, levantamos cedo para encher os bujões de gás. Foi muito longe, onde tivemos que caminhar para chegar e abastecer (em St Thomas). Na volta, muito cansados, encontramos um carrinho de supermercado que nos salvou!!!
Tarefas domésticas cotidianas....

domingo, 2 de março de 2008

MERGULHO COM GOLFINHOS SELVAGENS NO MEIO DO MAR







Tivemos a GRANDE SORTE DO MUNDO, de mergulhar com 2 golfinhos, SELVAGENS SIM, que estavam passeando por SANDY CAY(BVI), enquanto estávamos ancorados em frente a praia. Desta vez foi especial, pois eles não passaram pulando e foram embora como todos os outros fazem, eles ficaram pelo menos uma hora conosco, indo de um lado pro outro muito devagar, querendo interagir de verdade!

A interação com estes animais é incrível. Eu e o Galdo pegamos nossas mácaras e caímos na água para ver estas figuras de perto. No início dá medo, mas qdo vc vai chegando pertinho, eles passam uma calma e uma tranquilidade convidando a nadar com eles como se fôssemos da mesma espécie. Eles nadavam por baixo da corrente da âncora do barco e pulavam depois coçavam as costas na corrente se divertindo muito... Bom, não sei o que me aconteceu que qdo fui pegar fôlego na superfície, comecei a chorar muito, emocionada com a cena que estava acabando de presenciar!

Eu estava trabalhando e no meio disso realizei um sonho que tenho há 33 anos, de mergulhar com estes animais no seu habitat natural e nao engaiolada com animais que certos parques aquáticos o fazem de escravos em troca de peixes !!!

Depois que as crianças nos viram nadando com eles, todo mundo perdeu o medo e caiu na água também. Foi uma grande festa que durou cerca de 40 minutos sem intervalo, um show embaixo d`água que tem gente que passa a vida inteira querendo ver e não consegue...

Nossos convidados(estávamos no meio do Charter) foram presenteados com este espetáculo da natureza... nunca vimos nada igual! DEFINITIVAMENTE ESTAS COISAS JUSTIFICAM NOSSA VIDA POR AQUI!